Cheguei.
Gostaria de vos dar a conhecer o que trago em mente para este Outono, gostaria de vos lançar datas e temas que começaram a ganhar terreno no caderno que me acompanhou e que ainda traz cheiros de praia, no entanto, há algo que me prende neste inicio de Setembro..
O meu rebento, com 3 anos, iniciou o Jardim de Infância.
Embora esteja presente, de um modo muito claro e racional, a pertinência deste espaço, a importância da relação entre pares e a relação com novos adultos, embora tenha em mim a segurança mais profunda que o cantinho escolhido é um verdadeiro ninho e que a componente humana prima pela qualidade afectiva e pedagógica, cruzam-se num mar emocional as angustias mais profundas.
Devo dizer, como não podia deixar de ser, que a literatura para a infância tem permitido identificações constantes, tem sido uma ponte, um organizador interno .. Partilho 3 livros* que fizeram parte do amadurecimento em relação a esta etapa; no entanto, não descobri na subtileza da narrativa, no carácter simbólico da escrita e da ilustração, algo que traduzisse esta angústia de abandono que assalta ambas as partes, se descobrir entretanto “o livro” anexarei a este post.
Estou certa que as amizades, as descobertas, trarão novos voos e o bater de asas ouvir-se-á ao longe.. até lá respiro fundo e aninho o livro infantil à pele emocional que envolve a relação.
* "O bolinha vai à escola". Eric Hill, editora presença. 2010
"O jardim-de-infância". Doris Rübel, colecção despertar nº 9. 2009
"A escola do bosque" in "Histórias para ler e sonhar". Pedro Strecht e Bárbara Pacheco (il), Editora Assírio Alvim, colecção Assirinha. 2005
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